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INPI noticiou esta semana que estará desenvolvendo software para avaliação de marcas com o auxílio da
OMPI. A notícia é boa já que começa, parece, oficialmente ser reconhecido no Brasil que marca tem valor. Digo isto pois a
CVM Comissão de Valores Imobiliários do Brasil, creiam, ainda não permite que o valor das marcas de empresas S/A de capital aberto sejam contabilizados. Visão obtida através de um parecer do
IBRACON Instituto Brasileiro de Contabilidade.
Espero que com esta atitude do INPI ocorra a mudança de postura da CVM e consequentemente o aumento do capital social das S/As.
Como fazemos
avaliação de intangíveis desde 1997 e conhecemos bem o valor que uma marca possui, é muito alviçareira a notícia pois isto certamente afastará do mercado profissionais que sem habilitação, conhecimento e técnica, apresentam relatórios risíveis sobre os parâmetros usados para mensurar uma marca.
Um dos desafios do INPI é conseguir colocar no sofware as particularidades de cada segmento de mercado. O percentual de licenciamento utilizado sobre o faturamento pode variar bastante, conforme
portaria 736 do Ministério da Fazenda, demonstrando que realmente cada setor tem suas características e particularidades que influenciam direta ou indiretamente no valor dos ativos intangíveis.
Além disso, o valor de uma marca está ligado a caracteristicas quantitavas e qualitativas, é provável que o software opere com dados quantitativos, tais como faturamento, margem de lucro, receitas e custos. Mas o valor de uma marca é também mensurado por diferentes pesos sendo muitas vezes ligado mais a caracteristicas qualitativas tais como reconhecimento da marca, seu tamanho frente a concorrência, tecnologias de produção, capacitação em talentos humanos entre outros, portanto se o software não mensurar a qualidade das marcas poderá dar um valor diferente daquele que realmente a marca detém.
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